25 verões de Naturismo na praia do Abricó
Publicado por Os Naturistas

25 verões de Naturismo na praia do Abricó

Foram dois dias de comemoração para celebrar a data de 30 de novembro de 1994, quando uma Resolução da Secretaria Municipal do meio-Ambiente decretou a praia do Abricó, como área resevada para a prática do Naturismo.

Os competidores da pintura corporal exibem os trabalhos sobre seus corpos

Mas a história da luta pela implementação do Naturismo na praia começou muito tempo antes, como revelaram os painéis históricos expostos na areia para quem quisesse se informar, e também não acabou com a promulgação do decreto, ao contrário, deu-se a partir de então uma longa batalha judicial, com muitos lances emocionantes e ás vezes até desestimulantes. Mas a garra dos fundadores e associados da ANAbricó, conseguiram transformar o sonho em realidade, completando 25 anos de luta incessante.

Apesar de muitas conquistas, as principais como a consolidação do Naturismo no local e o reconhecimento do poder público de nossa existência, ainda falta uma, requerida desde que a praia foi liberada pela Justiça em 2003, a presença fixa e diária do poder público para coibir abusos de comportamento de natureza sexual. E parece que isto está ainda muito longe de ser conquistado.

As comemorações nos dias 14 e 15 de dezembro foram prestigiadas por um bom número de visitantes e associados. A quem quisesse participar foi pedido trazer frutas e outros tipos de comida para compor a mesa de festa, que foi montada à medida que os participantes traziam suas ofertas. A partir das 11 horas da manhã do sábado nublado, Pedro Ribeiro, secretário e Elisângela Santiago, presidente da ANAbricó deram por abertas as comemorações do Jubileu de Prata do decreto que tornou a praia do Abricó em área naturista.

A primeira atividade foi a inauguração do painel informativo que conta a história das etapas para conseguir a liberação oficial do Naturismo na praia, desde os meados dos anos 80 até os tempos mais recentes. Os seis painéis atraíram muita atenção e foi muito elogiado pelos visitantes. Eles estarão em exibição até meados de janeiro, toda a vez em que a associação estiver presente na praia.

Em seguida, a história do Naturismo na praia foi contada por quem a viveu. Pedro Ribeiro convidou todos para se acomodarem confortavelmente num círculo sobre a areia e começou uma grande preleção a uma atenta e interessada plateia, que se admirou com a revelação de detalhes vividos por ele e pelos pioneiros da ideia colocada em prática. Em ato contínuo, Elisangela propôs uma dinâmica de que cada presente revelasse qual foi o fato mais importante vivido por ele próprio dentro do Naturismo. Serviu para descontrair ainda mais e aproximar os novatos dos veteranos da praia.

Então foi a vez de saudar e dar por aberto o primeiro dia das comemorações do aniversário do naturismo na praia. No entanto, o tempo que estava nublado fechou ainda mais trazendo vários momentos de chuva fina. Apesar do mormaço quente muitos presentes começaram a sair da praia e a diretoria resolveu transferir para o dia seguinte, no domingo, a programação prevista, não sem antes serem consumidos os produtos trazidos pelos participantes.

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O dia seguinte amanheceu muito mais aberto e o sol se firmou. A quantidade de pessoas na praia, ainda pela manhã, já era bem maior do que o número de pessoas que haviam comparecido no sábado. Então os preparativos para o segundo dia de comemoração começaram. Primeiro foram recolocados os painéis históricos do lado de fora da área de naturismo para que também os não adeptos pudessem conhecer um pouco da história. Enquanto isso novamente era montada a mesa de frutas, com variedade ainda maior de que no dia anterior.

Às 11 horas, pontualmente foram convidados todos mais uma vez para a abertura da comemoração do segundo dia. Outra vez o círculo na areia, desta vez com as devidas proteções contra o sol forte. Foi lido o texto de Delmonte Vicêncio “O que significa ser naturista”, publicado no livro coletânea de Evandro Telles “Verdades que as roupas escondem”. Após a leitura seguiu-se um debate reflexivo e então mais dois momentos marcantes: a abertura de uma garrafa de espumante, cujo conteúdo foi distribuído em pequenas doses a quem quisesse e o brinde coletivo em frente da bandeira hasteada da Associação naturista de Abricó.

Corrida dos pés juntos animou atletas

Em seguida foram organizadas as duas equipes que participaram das brincadeiras da gincana, que daria premiação à vencedora. As provas foram nesta ordem: pintura corporal; convite a uma família não naturista que esteja fora da praia de naturismo para entrar e praticar o Naturismo durante uma hora ao menos (esta prova nenhuma das duas equipes conseguiu realizar); corrida do pé-junto; corrida do saco e estourando balões. Todas as pessoas se divertiram muitíssimo. As avaliações das provas foram feitas pelos juízes que avaliaram a realização das mesmas.

Devido ao avançado da hora as provas foram interrompidas para o sorteio e entrega dos presentes do amigo oculto, para cantar o “Parabéns prá você” para a praia e comer e beber as ofertas trazidas por visitantes e associados, numa grande confraternização.

Devido ao horário não foi possível realizar a prova “pente fino” que consistia em catar guimbas de cigarro, canudinhos, tampa de plástico que estivessem na área da praia e a gincana teve que ser encerrada. Foram distribuídos brindes a todos os participantes da gincana mas não houve declaração de equipe vencedora. E logo foi encerrada oficialmente a comemoração do Jubileu de Prata do Naturismo na praia do Abricó, num domingo ensolarado, com crianças, jovens, adultos e veteranos todos irmanados pelo ideal naturista.

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Via Jornal Olho NU, editora N

Equipe OS NATURISTAS

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