Quando Spencer Tunick esteve no Chile e essa foi a foto que surpreendeu o país
Há duas décadas, milhares de pessoas de Santiago frequentavam o Parque Florestal para viver um dia histórico, que é lembrado até hoje.
No dia 30 de junho foi comemorado os 20 anos do evento que “despiu o Chile”. Em 2002, um país católico e aparentemente conservador viveu um dia de libertação quando o artista americano Spencer Tunick foi convidado pelo Museu de Arte Contemporânea para realizar uma atividade com pessoas nuas no Parque Forestal de Santiago.
Nesse dia foi disputada a final da Copa do Mundo na Coréia e no Japão, entre Brasil e Alemanha; porém, os olhos do Chile estavam fora da órbita mundial e presentes na atividade do fotógrafo nova-iorquino, que já havia realizado exposições em São Paulo e Buenos Aires com cerca de 200 pessoas.
Francisco Brugnoli, então diretor do Museu de Arte Contemporânea, relembrou em entrevista ao La Tercera como foi sua conversa com Tunick e as expectativas que se podiam esperar do evento.
“Ele me perguntou quantas pessoas eu achava que iriam se reunir. Eu disse a ele que o Chile era um país muito conservador e que se 250 pessoas tivessem se reunido em São Paulo, em um caso muito bom poderíamos chegar a 200 aqui. Ele me disse: ‘Não importa, nós fazemos isso'”, disse Brugnoli .
No entanto, a história foi bem diferente do esperado e quase cinco mil pessoas chegaram ao Forest Park, que posaram para a New Yorker em um dia histórico para o país.
Aliás, a atividade foi combatida por setores conservadores da sociedade. Principalmente de grupos evangélicos que antes protestavam no local do evento. Além disso, dois dias antes da atividade, houve uma linha contra o prefeito de Santiago, Joaquín Lavín, e Spencer Tunick foi tratado como imoral.
O então Presidente da República, Ricardo Lagos, referiu-se também ao que foi o grande evento. “A verdadeira debandada de pessoas correndo e levantando os braços, e uma bandeira chilena lá fora, acho que fala de um país de bom humor e acho que foi um belo show.”
A atividade foi uma verdadeira festa, que é lembrada até estes dias de 2022 e que na época, apesar das críticas de alguns setores, foi valorizada por um amplo espectro de cidadãos.
Via TK, editora N
Equipe OS NATURISTAS
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